Começou com dois irmãos e um pai, que claramente tinha seu filho favorito, que no caso era meu irmão. Desde cedo, percebi que o tratamento era diferente para cada um de nós. Enquanto eu tinha que aprender e conquistar tudo sozinha, meu irmão recebia tudo de mão beijada. Sabia que a culpa não era dele, então nunca o culpei por isso.

Um dia, fomos atacados por um grupo de inimigos. Durante a confusão, por um descuido, meu irmão acabou morrendo. A dor da perda foi imensa, mas o pior ainda estava por vir. Quando meu pai soube do ocorrido, ele me expulsou de casa, jogando toda a culpa em mim. Ele me culpou pela morte de meu irmão, e sua reação foi dura e implacável.

Confesso que também me culpei. Muitas vezes me perguntei: e se eu tivesse feito algo para ajudar? E se eu tivesse agido de forma diferente? Esses pensamentos me atormentavam dia e noite, mas com o tempo, transformei a culpa que sentia em raiva. Raiva do meu pai, que era capaz de fazer isso com sua própria filha.

Essa raiva se tornou meu combustível, meu motivo para seguir em frente. Decidi que tomaria seu poder, que em nossa sociedade era imenso. Eu me tornaria mais forte, mais sábia, e mostraria a ele e a todos que eu era capaz. Meu objetivo era claro: tirar o poder daquele que um dia me rejeitou e me culpou injustamente. E assim, comecei minha jornada de vingança e ascensão.